O processo de crescimento com a expansão da classe média produz transformações e novas demandas
No segundo e último dia do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), os participantes elaboraram a Carta da Indústria 2014 com a definição de pontos fundamentais a serem resolvidos até 2018. As reflexões foram cruciais num momento em que a nova geração brasileira, em especial a classe média, exige novas demandas. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado do Rio Grande do Sul (SINBORSUL) e diretor da Federação das Indústrias do Estado do RS (FIERGS), Gilberto Brocco, todas as discussões deixaram claro que as dificuldades do Brasil estão na baixa competitividade. "Isso ficou claro na Carta da Indústria. Os nossos custos crescem mais do que a produtividade", confirmou Brocco, que participou do evento nos dias 5 e 6 de novembro .
"A indústria do futuro já está hoje no presente, com suas impressoras em 3D e na manifestação de robôs causando uma revolução nos novos métodos de produção. A crise mundial fez com que as economias avançadas reavaliassem suas estratégias e os países emergentes fazem o mesmo: se tornam mais competitivos e se inserirem no mercado global", detalha a Carta da Indústria.
O documento, destinado à presidente da República Dilma Rousseff, destaca que "é tempo de correção de rota". Portanto, "o Brasil precisa estar preparado para daqui quatro anos responder o quanto melhoraram os indicadores de competitividade. Em 2018, a indústria quer afirmar que:"
1) O sistema tributário está livre das principais ineficiências;
2) Os investimentos em infraestrutura cresceram em relação ao PIB;
3) O Sistema de relações do trabalho evoluiu;
4) A política fiscal evoluiu de forma a propiciar o crescimento de taxa de investimento;
5) A política comercial ativa, desburocratizada e com foco em mercados estratégicos permitiu uma maior e melhor inserção internacional para um número expressivo de empresas brasileiras de todos os portes e setores;
6) A qualidade da educação mostrou avanços expressivos.
Segue em anexo a Carta da Indústria completa.
FONTE: Divulgação Sinborsul