Após registrar queda no seu desempenho em 2012, a indústria da borracha gaúcha projeta recuperação para o corrente ano, em especial para o faturamento e a geração de empregos. A informação foi prestada pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Rio Grande do Sul (Sinborsul), Arlindo Paludo, ao atribuir a melhora a fatores como a previsão de uma retomada da economia brasileira, com expansão do PIB em torno de 3% resultante do aumento dos investimentos e da produção, o que deve contribuir para gerar maior demanda de bens intermediários como os produzidos pela indústria do setor.
Especificamente em relação ao Rio Grande do Sul, projeta, o ambiente dos negócios tenderá a ser favorecido pela perspectiva de safra normal de grãos, incluindo soja, arroz e milho, após a frustração de 2012 que comprometeu o desempenho do PIB gaúcho, com efeitos negativos em toda a cadeia produtiva.
Como principais indicadores positivos da indústria da borracha do RS para 2013, o presidente do Sinborsul aponta o incremento de 3,5% do pessoal empregado, 4,3% do faturamento e 3,3% nas compras. As exportações de pneumáticos deverão crescer 11%, as de matérias-primas 19% e de artefatos 11%. Em dólares, o montante das vendas externas de pneumáticos deverá totalizar US$ 187 milhões; US$ 215 milhões de matérias-primas e US$ 10 milhões de artefatos.
Outro fator positivo apontado pelo dirigente é de que há amplo espaço para a indústria crescer para atender a esse aumento de demanda. Isto porque o nível de utilização da capacidade instalada das empresas encontra-se no patamar de 72, praticamente no mesmo nível de 2009 e bem abaixo da média do período pré-crise, quando situava-se em 90.
Paludo também destaca como aspectos positivos para a recuperação das vendas das indústrias do setor da borracha gaúcho indicadores como o aquecimento da produção de máquinas e implementos agrícolas bem como das fabricantes de ônibus e semi-reboques e calçados.
Igualmente importante, sublinha, é a confirmação de investimentos programados para a ampliação e diversificação da produção de matérias-primas para a indústria da borracha no Polo Petroquímico do RS.
O parque industrial gaúcho no setor da borracha é o segundo mais importante do país, só sendo superado pelo de São Paulo, contando com aproximadamente 210 empresas que geram cerca de 10.500 postos de trabalho.
