Os fabricantes gaúchos de artefatos de borracha estão preocupados com a elevação dos preços das principais matérias-primas utilizadas pelo setor, que superam sensivelmente a evolução da taxa de inflação do primeiro trimestre deste ano. Segundo informa o presidente do Sindicato das indústrias do setor – Sinborsul, Arlindo Paludo, as altas mais expressivas referem-se à borracha sintética, como SBR (com 12,5%) e EPDM (8,4%), borracha nitrílica (NBR), com 12,5% e a borracha natural (NR), com aumento significativo de 31,57% no período, destacando-se, ainda os reajustes dos preços do material reforçante, como negro de fumo, com 12,79% e plastificantes (óleos), com 12%. Conforme o presidente do Sinborsul, a alta dos insumos reduz a competitividade dos artefatos de borracha gaúchos frente aos importados, num processo que é agravado ainda mais pela desvalorização cambial. Além disso, justifica, como os artefatos são produtos intermediários (componentes), há dificuldade de repasse do aumento de custos para os fabricantes dos bens finais nos quais são utilizados, especialmente das cadeias de máquinas e implementos agrícolas, automotiva e calçadista, entre outros.