Numa promoção da Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha (ABTB) e do Instituto SENAI de Inovação (ISI), com o apoio do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado do Rio Grande do Sul (SINBORSUL) ocorreu, dia 22 de novembro, das 13h45min às 17h30min, o Workshop 4.0 para a Indústria da Borracha – Onde estamos e para onde vamos, no SENAI/ISI/CETEPO, em São Leopoldo.
Ao saudarem os presentes, Viviane Hammel Lovison, gerente de Operações do Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros; e a professora Marly Jacobi, ambas diretoras da ABTB Regional Sul, esclareceram, que o objetivo desta ação é conscientizar e motivar os empresários e colaboradores da indústria da borracha sobre os temas Indústria 4.0; a Inteligência Artificial; Internet das coisas; Realidade e perspectivas.
Segundo o presidente da ABTB, empresário Lucas Leonardo, o importante, neste momento, é conhecer mais sobre o tema e as suas possibilidades, para que possamos dar novos passos em direção a bons resultados. Também agradeceu as parcerias com o SENAI e o SINBORSUL, que viabilizaram a realização deste evento.
VIVÊNCIA - Indústria 4.0 no mundo e no Brasil: status atual e visão de futuro foi o tema a cargo do professor Douglas Rafael Veit. Coordenador dos cursos de Gestão da Produção Industrial, de Engenharia de Produção e do MBA em Manufatura Avançada, Douglas também atua como pesquisador do Grupo de Pesquisa em Modelagem para Aprendizagem (GMAP – Unisinos).
“O que distingue essa das outras revoluções industriais é a velocidade, a amplitude e a profundidade”, destaca. “Estamos vivendo um momento, um novo processo de transformação, onde é preciso estar atento, para não ficarmos para trás. Precisamos caminhar, mesmo que devagar, mas sempre na direção certa”, alerta o palestrante.
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a 4ª Revolução Industrial chegou para um grupo seleto, mas em breve, será ampliado. Esta informação foi constatada a partir de uma pesquisa, que seguiu a seguinte metodologia.
Em 2017, líderes de 753 indústrias foram entrevistados sobre as tecnologias adotadas atualmente, bem como os investimentos previstos para o período de dez anos. As empresas foram divididas em quatro grupos e, segundo análise, poucas estão na geração 4.
Geração 1 – Faz projetos ainda a mão. A produção é realizada em máquinas não conectadas à Internet.
Geração 2 – Usa softwares desconectados entre si e com a manufatura.
Geração 3 – Já integrou os sistemas de criação com os de execução no chão de fábrica.
Geração 4 – Adota modelos virtuais, inteligência artificial e máquinas inteligentes.
“Em qual geração a sua empresa se encontra?”, perguntou Douglas. “Não se preocupe se a sua empresa estiver na geração 1, pois a melhor forma de se inserir na Indústria 4.0 é caminhar sempre, evoluindo e fazendo pequenos projetos, onde os ganhos médios podem chegar a 26%”. Outra dica: conheça as novas tecnologias e as suas vantagens. “Não usamos bem o que não conhecemos; e, não se chega em 2020, sem passar por 2019”.
CASES - A segunda palestra foi sobre Fabricação Digital – Desafios para a Indústria da Borracha, sob a responsabilidade do engenheiro Mecânico, Victor Gomes, que dirige o Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica – ISI SIM, em São Leopoldo. Na ocasião, apresentou a realidade da Indústria 4.0, no Estado; os primeiros passos para a implantação e os respectivos gargalos, que são os desafios a serem vencidos.
No horário das 16h30min às 17h30min, houve uma mesa redonda, que abordou o tema Como tornar a 4.0 uma realidade na indústria da borracha. Na ocasião, participaram: diretor da Gomasul Soluções em Borracha, Gilson Rigo; diretor Comercial da Colet Sistemas, Ivan Martins; diretor da Tecsistel Sistemas Eletrônicos, Fabiano Linck; professora Marly Maldaner Jacobi, da UFRGS; diretor Comercial da Quisvi Química, Lucas Leonardo; presidente do SINBORSUL, Gilberto Brocco, diretor da Mercobor; além da gerente do ISI, Viviane Lovison, e dos palestrantes convidados, Douglas Rafael Veit e Victor Gomes.
O empresário Gilson Rigo, da Gomasul, de Bento Gonçalves, relatou a experiência vivida em sua empresa, bem como os passos que têm dado para investir no Lean e na Indústria 4.0. “Não existe empresas do futuro, mas com futuro, por essa razão a indústria da borracha precisa investir mais nos seus processos. Temos que estar cientes de que as empresas necessitam saber quais ações serão realizadas em cada momento”, salienta.
Na opinião do presidente do SINBORSUL, Gilberto Brocco, “estamos avançando em várias etapas, mas ainda precisamos afinar as relações com os concorrentes. Não devemos ter medo de compartilhar os nossos problemas, pois certamente juntos poderemos nos apoiar e melhorar os processos”, destaca Brocco.
O evento encerrou com um Momento Network, que contribuiu para ampliar a rede de contatos na indústria da borracha, seguido de um coquetel.
Neusa Medeiros
Jornalista - Reg. Profissional nº 5.062
Assessora de Imprensa do SINBORSUL
Edição 3 - Comunicação Empresarial Ltda.